E novidades?

F1CT1C10U5 escreveu:

E novidades?

Não me esqueci do tópico, apenas não há grande coisa.

Já fui buscar a mota à oficina - que leia-se, é degradável o lugar onde ela e outras 20 estavam, se muitos donos soubessem, não metiam lá as motas. De momento a mota está na minha garagem e já confirmei que a tampa está ligeiramente estalada, o suficiente para sair o óleo. Fora isso e os estragos das carenagens, está boa.

Referente a legalidades, basicamente está na mesma: em espera para ir a tribunal. Levou quase 3 meses só para ter a declaração do hospital, de momento o advogado já enviou o processo para tribunal, entretanto a seguradora vai ser notificada e tem 30 dias para responder e, caso se avance para tribunal, são mais outros 2-3 meses até tal acontecer. Antes de julgamento, ambas as partes serão chamadas a ver se se chega a um bom senso, caso contrário, julgamento e logo se trata das coisas.

Acho que foi só isso que se desenrolou até agora.

Ora bem, depois de mais de um ano de ter tido o acidente, está o assunto resolvido. Infelizmente, não da forma que eu queria, mas pelo menos já arrumei com o assunto ao invés de o arrastar por mais outro ano (segundo o juiz).

Apenas hoje fui a tribunal e não foi para ir a julgamento, foi apenas para se reunirem ambas as partes com o juiz para ver se se chegava a acordo. Claro está que o meu único acordo era eles pagarem-me a totalidade e nada mais, mas creio que isto que aconteceu é o normal da nossa justiça e que é tudo "pré-combinado" para obterem o resultado que querem.

Trocando isto por miúdos, passemos a números: o meu advogado estava a pedir um valor perto de 6000€, segundo percebi, sendo os 3800€ da mota mais todos os outros danos que tive (capacete, casaco, sapatilhas, hospital, danos morais ou whatever). Lá no tribunal, ainda antes do juiz nos chamar, o meu advogado falou com o advogado da outra seguradora e depois disse-me que eles iam tentar acordo de 2000€. Perguntou-me quais as minhas ideias ao que eu lhe disse que se alguém me explicasse como eu tive culpa do acidente, então eu poderia ponderar outros valores, fora isso, apenas a totalidade (e para mim a totalidade é 3800€, retirando o valor do salvado). Entretanto reuniram-se os advogados com o juiz e só depois me chamaram a mim e a proposta que tinha era de 2500€. Claro que o juiz ajudou à festa: no caso de eu não aceitar esse valor, o julgamento ia ser só em Novembro e nessa altura o mais certo era a seguradora recorrer e depois o processo ia arrastar mais 6 meses, ou seja, já aqui ia 1 ano e sem nada por resolver (custa-me a entender como é que um acidente leva 2 anos a ser resolvido, fará se fosse uma coisa complicada).

E claro, nada disso me garantiria a "vitória", eu teria que provar a acusação, por assim dizer. O dilema, segundo percebi, encontrava-se apenas no facto de o outro individuo ter dado ou não o pisca. Como eu é que iniciei o processo, eu é que tenho que provar que ele não deu (e a minha vontade era ter uma conversa com o sujeito a ver onde c@r@lh@ é que ele deu o pisca, mas pronto).

Ora, como eu já estou mais que farto disto e não estou neste processo para tirar lucro, apenas recuperar aquilo que perdi, decidi aceitar os 2500€. Dessa forma, fica tudo resolvido e não há mais chatices.

Enfim... Melhor que nada, certo?

Este foi o tal acidente o que o senhor decidiu fazer inversão de marcha certo?!

Como é que sequer há dúvidas?! Tipo.. a questão dos piscas nem faz sentido se pôr de todo!!!
Vem alguém a ultrapassar-me, fazer pisca significa que me posso automaticamente cortar e atravessar à frente dele?!
Epah, cada vez mais odeio estes casos com seguradoras, os 'gajos das motos' estão sempre mal, mesmo quando estão bem... Já não basta sermos os utentes em que mais a vida está em risco na via pública...

F1CT1C10U5 escreveu:

Enfim... Melhor que nada, certo?

Sim, isso é. Visto que a mota nem está tão mal quanto isso, não terei prejuízo, o que já é bom.

Daikoni escreveu:

Este foi o tal acidente o que o senhor decidiu fazer inversão de marcha certo?!

Como é que sequer há dúvidas?! Tipo.. a questão dos piscas nem faz sentido se pôr de todo!!!
Vem alguém a ultrapassar-me, fazer pisca significa que me posso automaticamente cortar e atravessar à frente dele?!
Epah, cada vez mais odeio estes casos com seguradoras, os 'gajos das motos' estão sempre mal, mesmo quando estão bem... Já não basta sermos os utentes em que mais a vida está em risco na via pública...

Sim. Aliás, nem era para fazer inversão de marcha, era simplesmente para ir estacionar ali à esquerda (segundo o próprio no relatório e a seguradora), o que pelo código é proibido e mais nada.

E sim, mesmo que ele tivesse dado o pisca, eu ia fazer o quê? A não ser que ele desse antecipadamente o pisca e aí eu teria parado, é o normal que qualquer pessoa faz. Mas visto que já estava quase ao lado dele, mesmo que ele tivesse pisca de nada adiantaria.

Mas pronto, eu acho que se tivesse ido com isto para a frente que iria acabar por vencer o caso, não vejo outra possibilidade sequer. Mas sinceramente, mais de 1 ano já passou e ainda ter que esperar mais outros ano, no mínimo, e estar a ter mais dores de cabeça, acho que não me apetece estar a passar por isso.


Depois disto tudo, eu ao sair do gabinete onde estava o juiz, os advogados e outros senhor a apontar tudo o que o juiz dizia, a sensação que fico é que o tribunal não existe para apurar a verdade e aplicar justiça, mas é apenas um meio legal para se tomar decisões e se der para evitá-las - mesmo que isso prejudique alguém e não se apure os factos do que aconteceu - tanto melhor. Assim todos poupam trabalho, os advogados recebem o deles e é tudo resolvido mais rapidamente... Independentemente daquilo que realmente aconteceu, de quem teve a culpa, etc. Mas bom, arrependo-me desta decisão, mas é o mais sensato para arrumar o assunto.

Revolta-me o sentido de 'justiça' neste país, em todos os aspectos. Mas existe algum tribunal em Portugal que condene os culpados e em que a justiça seja realmente.. 'justa'?!
- Os polícias que exercem como deve de ser a função, pondo-se em risco vão presos;
- Os assaltantes são libertos, e ainda recebem indemnizações;
- Os que roubam milhões ao povo, nunca são presos (além de umas férias temporárias em casa para alguns);
- Até nestes acidentes, os culpados mais uma vez são defendidos... e adiam constantemente prazos, e adiam, e adiam...

Já começa a não ter 100% a ver com o assunto, mas revoltam-me estas situações constantes

E no teu caso, é um caso, óbvio, simples, não existe nada sequer para pôr em causa o quer que seja.

Pois, lá está. Infelizmente quem tem poder, faz o que quer.

Ainda quero ver se como vai ser: o advogado da companhia quando questionado pelo juiz disse "sim sim, nós pagamos isso em 10 dias no máximo... eu apenas meti 30 no papel por formalidade caso algo aconteça"... E o meu advogado disse algo tipo "excepto daquela vez", e o juiz quis logo saber o que era. O advogado disse "uma vez a companhia ia pagar em 30 dias, depois eram mais 15, mais 15, mais 30"...

Vamos a ver como é comigo.

faz-me mesmo lembrar o meu primeiro acidente com a 600f, apenas recebi metade do k tinha direito, com isso deu para arranjar a mota (fiquei com o "salvado" claro) e fiquei a arder com o resto.. 

o resto foi vindo com calma, hj em dia passado 1 ano se quiseres com esse dinheiro compras uma igual e ficas com a tua salvada para vender as peças, segue em frente amigo, antes esse que nenhum, como o fict disse, pois as seguradoras no caso de acidentes com motas normalmente só serve para tares legal kk

Trollitito escreveu:

Bom, estava na duvida se haveria de colocar aqui ou não o meu testemunho do acidente que tive visto que me adianta pouco lamentar, contudo, poderá ser útil a outros em situações futuras (embora espero que tal não aconteça).

Faz agora uma semana que tive o meu primeiro acidente ao fim de 3 anos e meio (apenas tinha tido um "encosto" dum carro uma vez em que me tocou apenas no retrovisor e perna, mas não caí nem mais nada aconteceu) e, sinceramente, nem fiquei muito admirado. Já me questionava quando é que o dia ia chegar, a preocupação era apenas face à gravidade.

Mas bem, deixando-me de rodeios, o acidente foi muito simples: uma faixa de rodagem com uma via de trânsito para cada sentido (linha descontínua), quando decidi ultrapassar os 3 carros que seguiam à minha frente. Após ultrapassar os dois primeiros carros e estando já quase ao lado da traseira do último carro, este decide fazer inversão de marcha (ou apenas queria estacionar o carro na via contrária) sem com isto usar o pisca (se o tivesse feito com antecedência, eu, provavelmente, tê-lo-ia evitado) nem se certificar que o poderia fazer em segurança. À velocidade que eu ia (não sei precisar, mas 40-50 máximo) e por já estar quase ao lado do carro, assim que ele começa a efectuar a manobra não tive tempo de nada excepto guinar o volante da mota instintivamente de modo a contornar o carro e evitar o choque, mas como o senhor prosseguiu com a manobra, tal foi impossível de evitar a colisão.

Havia muitas pessoas no local e rapidamente vieram verificar se eu estava bem assim como duas prontamente se chegaram à frente para serem minhas testemunhas. Fiquei deveras impressionado e agradado para com a "compaixão" que as pessoas demonstraram (houve até um grupo de motas harley-style que pararam e me vieram falar) e só fiquei com pena de não ter podido agradecer de melhor forma. Felizmente não tive nada de grave e deram-me alta no hospital, as dores passam com o tempo.
(...)
Felizmente não foi grave, agora é esperar que a seguradora trate do assunto.

Então, sempre pagaram?