Devido aos efeitos da crise económica, as sessões de treinos e qualificação de MotoGP foram reduzidas para 45 minutos (e anulado o treino livre matinal de 6ª feira). A medida, aprovada no início da temporada de 2009, visava reduzir os custos que as equipas de MotoGP tinham com as operações de manutenção dos seus motores protótipos.

No entanto, após o primeiro GP da temporada, no Qatar, as equipas acusaram a falta de tempo, ao terem de efectuar todas as alterações, mais manutenção do motor, num espaço de tempo tão reduzido, o que deixou os mecânicos numa posição de enorme pressão.

Assim sendo, durante o próximo G.P. do Japão em Motegi, já no próximo fim-de-semana, as equipas poderão aprovar um “regresso ao passado”, com as sessões de treinos livres e de qualificação, a terem novamente uma hora de duração. Porém, numa tentativa de continuar a manter um controlo apertado sobre os custos, os pilotos poderão ter um limite de voltas que podem efectuar durante as sessões.

Para Paul Denning, Director da equipa Suzuki esta medida “é claramente lógica. Estamos a tentar poupar dinheiro, limitando o número de quilómetros do motor, no entanto isso faz com que pareça que estamos a fazer tudo muito à pressa, o que deixa os mecânicos sob enorme pressão para efectuar todas as alterações em tão pouco tempo”.

Denning afirmou também que “do ponto de vista mediático, esta solução é melhor, e ao limitar o número de voltas que um piloto pode efectuar, isso faz com que o número de quilómetros feitos pelo motor não aumente também”.

Para já, o número de voltas a que cada piloto estará limitado ainda não está definido, sendo que o limite será calculado para cada circuito, e para o seu comprimento em específico. Uma penalização para os pilotos que eventualmente ultrapassem o limite de voltas, também ainda não está definida.

A Comissão de Grandes Prémios espera aprovar estas alterações, já no Japão, entrando estas em vigor a partir da terceira ronda do mundial, em Jerez, Espanha.